29 dezembro 2013

Entrevista com Christiane Felscherinow.

Christiane Felscherinow.
 
Em entrevista ao Vice Christiane diz "Vou Morrer Logo – Eu Sei". Conheça um pouco mais sobre a ela. "Christiane Felscherinow era ainda uma criança quando se tornou a viciada em heroína mais famosa do mundo. Sua queda, aos 13 anos, no vício e na prostituição nas ruas da Berlim Ocidental foi transformada em livro — Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída — e depois na sombria cinebiografia de mesmo nome, em 1981."
 
VICE: E como o status repentino de celebridade afetou você depois que o livro e o filme foram lançados?
 
Christiane: Eu tinha 16 anos quando fiz o livro, eu só queria falar — foi uma terapia para mim. Achamos que o livro seria apenas interessante, só mais um livro entre milhares. Mas estávamos errados. De repente, eu era famosa, mas não era capaz de entender o que isso queria dizer em minha vida. Para o público, eu era uma drogada famosa, como uma atração. Todo mundo queria falar comigo, me ver e perguntar: “Ela conseguiu ou não? Ela morreu? Ela ainda é viciada?” Mas não me queriam como vizinha ou como namorada do filho deles. Christiane F. é legal de longe, não tão de perto, por favor! Eles não estavam interessados em nada sobre mim além do fato de eu ser uma drogada. Por esse motivo, eu me arrependo de ter feito o livro e o filme.
 
Vice: Você começou anonimamente — por que decidiu revelar sua identidade?
 
Christiane: Porque eu era jovem demais e simplesmente não sabia o que isso significaria em minha vida. E ninguém protegeu meus interesses. Por isso, Bernd Eichinger [o produtor] me pediu para fazer a promoção do filme nos Estados Unidos porque Natja Brunkhorst, que fazia meu papel, era muito jovem e o pai dela não permitiu que ela fosse para a América. Eu tinha 19 anos e achei que podia lidar com isso, mas eu estava errada.
 
VICE: E como está sua saúde agora?
 
Christiane: Estou usando metadona. Às vezes, fumo um beck. Bebo muito. Meu fígado está a ponto de me matar. Tenho cirrose por causa da hepatite C. Vou morrer logo, eu sei. Mas não perdi nada da vida. Estou bem com isso. Não recomendo, claro — essa não é a melhor vida para se viver — mas é a minha.
 
Para ver toda a entrevista entre em Vice.
 
 
 
 
Fonte: VICE
 
 
 

2 comentários:

  1. Adorei a entrevista. Já li o livro e é realmente muito chocante e triste. Conhecer mais da pessoa que viveu tudo isso é muito interessante.

    Beijos,
    biblioteca-de-resenhas.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Li o livro tem pouco tempo e no momento que estava lendo, fiquei sabendo dessa entrevista o que me fez ficar ainda mais surpreendida pela história dela. É realmente muito triste.

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